Sempre a Globalização..

Vista como uma perigosa promiscuidade, a associação do fenómeno desportivo ao poder político parece cada vez mais estreita. A situação ilustrada é repetente, o clube de Benito Mussolini ( apelidado de S.S. Lazio pelos apoiantes de extrema-direita), volta a vincar bem os seus valores fascistas, desta feita foi Paolo Di Canio, a fazer a saudação nazi para as bancadas do Olímpico de Roma, correspondida com uma autêntica chuva de bandeiras e símbolos fascistas.
A atitude acabou por passar sem qualquer tipo de advertência, o mesmo acontecera quando o ex-jogador Romano, Sinisa Mihajlovic, proferiu uma série de comentários racistas acerca de um colega de equipa Nigeriano.
Por todo Mundo repartem-se marcas desta explosiva ligação: por exemplo, na Escócia, entre os Católicos do Celtic e os Protestantes do Glasgow, e na Sérvia, entre os Nacionalistas do Estrela Vermelha e os Socialistas do Partizan separados pela guerra.
Para uma análise e compreensão da base histórica de todos estes conflitos deixo aqui uma recomendação literária: “How Soccer Explains the World – an unlikely theory of Globalization”, de Franklin Foer. Um testemunho na primeira pessoa apoiado numa investigação riquíssima que coloca definitivamente a integração global na interpretação destes fenómenos.